No dia 1º de fevereiro, os ministros das Relações Exteriores do G7 emitiram uma forte condenação contra a ofensiva do grupo M23, apoiado por Ruanda, no leste da República Democrática do Congo. A declaração, divulgada pelo Canadá, enfatizou a preocupação do grupo com a captura das cidades de Minova, Sake e Goma, além de exigir que o M23 e as forças de defesa de Ruanda cessem suas ações militares. O G7 também reforçou a necessidade de proteger os civis e destacou o agravamento da crise humanitária na região.
O M23 é um grupo armado originado de um acordo de paz de 2009 que pôs fim a uma revolta liderada por tutsis no leste da RDC. Desde 2022, o grupo retomou as hostilidades, acusando o governo congoleño de não cumprir o acordo e de não integrar plenamente os tutsis ao exército e à administração do país. O grupo também se posiciona como defensor dos interesses tutsis contra outras milícias, como as fundadas por hutus que participaram do genocídio de 1994.
A ofensiva do M23 tem sido marcada por alegações de violação dos direitos humanos e crimes de guerra, com a organização Human Rights Watch denunciando abusos contra civis em Kivu do Norte. No entanto, o M23 refuta essas acusações, continuando a defender sua agenda. O impacto humanitário da ofensiva é significativo, com milhares de deslocados e condições de vida deterioradas para a população local.