Os contratos futuros do café arábica em Nova York registraram uma alta significativa, superando os US$4,30 por libra-peso, atingindo um novo recorde histórico. O aumento dos preços reflete a preocupação do mercado com a escassez de café, especialmente em razão das condições climáticas desfavoráveis no Brasil, maior produtor mundial, e a relutância dos agricultores em vender. O mercado também observa com atenção o impacto da previsão de clima quente e seco que pode afetar as áreas cafeeiras no país.
Os preços do café arábica subiram aproximadamente 35% neste ano, após uma alta de 70% no ano passado, com o mercado atento à baixa quantidade de estoque no Brasil. As perspectivas para uma safra brasileira mais favorável ainda não são concretas, mas alguns analistas acreditam que a produção pode superar as expectativas, embora não se espere uma grande recuperação. A alta dos preços também está sendo impulsionada pela demanda crescente, que, segundo especialistas, pode continuar a pressionar os preços para cima, caso o clima e a produção não melhorem.
Enquanto o café arábica vive esse momento de alta, o robusta, uma variante mais barata, também tem registrado aumento nos preços, embora em menor escala. Outros produtos de commodities softs, como cacau e açúcar, apresentaram variações mais modestas, com o cacau enfrentando perdas e o açúcar subindo de maneira moderada. O cenário atual do café reflete um mercado global tenso, marcado pela busca por alternativas, especulação e incertezas sobre o futuro da produção.