Em janeiro, os fundos de investimento no Brasil apresentaram resgates líquidos de R$ 16,9 bilhões, uma desaceleração em comparação com o expressivo saldo negativo de R$ 147,6 bilhões registrado em dezembro de 2024. O patrimônio líquido da indústria atingiu R$ 9,3 trilhões, com destaque para a recuperação dos fundos de renda fixa, que tiveram captação líquida positiva de R$ 39,5 bilhões. Esse movimento é atribuído à continuidade da alta da taxa Selic, que tem incentivado a busca por investimentos mais conservadores e rentáveis.
Dentro da categoria de renda fixa, os fundos de menor duração em títulos públicos, como os de Renda Fixa Duração Baixa Soberano, destacaram-se com captação líquida de R$ 24,6 bilhões. No entanto, as categorias de ações e fundos multimercado continuaram a enfrentar dificuldades, com saídas líquidas de R$ 9,8 bilhões e R$ 22,5 bilhões, respectivamente. Nos fundos multimercado, a diminuição das perdas sugere uma possível recuperação, embora ainda não se possa afirmar que a tendência tenha sido revertida.
Em termos de rentabilidade, os fundos de renda fixa indexados apresentaram os melhores resultados, com 1,58%, enquanto os de dívida externa ficaram em território negativo (-3,7%). Nos fundos de ações, a rentabilidade foi positiva para todas as categorias, com os fundos de ações setoriais e de sustentabilidade/governança se destacando. Já os fundos multimercado também mostraram ganhos, especialmente em Capital Protegido (2,07%) e Long & Short Direcional (1,72%).