Integrantes da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo expressam cautela em relação às políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mesmo após a implementação de taxas sobre o aço e o alumínio e a menção ao etanol brasileiro em um anúncio sobre tarifas recíprocas. O deputado federal Julio Lopes (PP-RJ), futuro presidente da Frente, destacou que, até o momento, as medidas de Trump não afetam significativamente a competitividade do Brasil, embora o cenário esteja sendo monitorado com atenção.
Lopes ressaltou que, ao contrário de outros países afetados pelas tarifas, o Brasil tem um déficit comercial com os Estados Unidos, o que pode influenciar a forma como o governo americano reage às políticas comerciais. O parlamentar acredita que essa situação pode ser levada em consideração pela Casa Branca, que deve ponderar sobre os impactos das tarifas, especialmente em relação às exportações brasileiras.
Apesar das preocupações, Lopes afirmou que, caso a situação mude e as tarifas passem a prejudicar a competitividade do país, o Brasil estaria bem posicionado para mitigar os danos, aproveitando suas relações comerciais com outras nações, como a China. Ele apontou que o Brasil tem uma rede diversificada de exportações, o que possibilitaria ao país se reposicionar no cenário global e reduzir possíveis impactos negativos das tarifas.