A aprovação do orçamento francês para 2025 impediu a queda do governo e o agravamento da incerteza política no país. Segundo a Fitch Ratings, embora o orçamento tenha sido aprovado, a consolidação fiscal prevista foi reduzida, o que apresenta desafios para o controle do déficit e a estabilização da dívida pública. A aprovação do orçamento foi marcada por um uso controverso do Artigo 49.3, que permitiu a adoção do orçamento sem votação parlamentar, uma decisão que gerou resistências políticas.
O primeiro-ministro francês, François Bayrou, enfrentou um grande desafio político, superando dois votos de desconfiança. A situação refletiu a tensão política no país, mas a aprovação do orçamento evitou um aumento da incerteza fiscal no curto prazo. Segundo a Fitch, o processo de aprovação orçamentária foi realizado com atraso, mas foi concluído sem grandes rupturas no plano do governo para equilibrar as contas públicas.
A revisão do orçamento resultou em uma redução na meta de consolidação fiscal, de 60,6 bilhões de euros para 50 bilhões de euros. Embora o governo tenha ajustado as projeções, a previsão do déficit para 2025 ainda é de 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB), uma meta que se alinha com as estimativas mais recentes da Fitch, destacando os desafios persistentes para equilibrar as finanças do país.