Guardas municipais do Rio de Janeiro realizaram um protesto contra a criação da Força de Segurança Municipal, anunciada pelo prefeito Eduardo Paes como uma das prioridades de seu mandato. A proposta prevê a criação de um novo grupo de segurança, composto por agentes contratados, para atuar nas funções atualmente desempenhadas pela Guarda Municipal. Representantes da categoria, como Jones Moura, criticam a medida, apontando que ela pode enfraquecer a Guarda Municipal e comprometer suas funções, além de gerar uma disparidade salarial significativa entre os guardas, que recebem cerca de R$ 2 mil mensais, e os novos agentes, com salários de R$ 13 mil a R$ 19 mil.
A Câmara Municipal do Rio discutiu alternativas para mitigar a resistência dos guardas ao projeto, sugerindo uma emenda que permitiria que integrantes da Guarda Municipal fizessem parte do efetivo da Força de Segurança, o que não estava previsto inicialmente. Essa emenda visa atenuar as preocupações com a extinção da Guarda Municipal e com o impacto sobre os salários e a estrutura da segurança pública no município.
O projeto da Força de Segurança Municipal já está em fase de planejamento, com previsão de votação até junho deste ano. De acordo com estimativas, o custo anual da nova força pode chegar a R$ 462 milhões a partir de 2027, o que amplia o debate sobre a viabilidade financeira e os possíveis impactos para a segurança pública e os servidores municipais.