O controle de tráfego aéreo no Brasil é essencial para a segurança da aviação nacional e internacional, com a Força Aérea Brasileira (FAB) sendo responsável por monitorar o espaço aéreo do país. Em Brasília, o Centro de Controle de Área (ACC-BS) gerencia cerca de um terço do tráfego aéreo nacional, controlando entre 1.850 a 2.100 aeronaves diariamente. O trabalho dos controladores de voo exige alta concentração e habilidades específicas, como atenção difusa, raciocínio rápido e bom planejamento. A rotina no centro é dividida em turnos, com intervalos regulares para descanso, e cada controlador pode monitorar até 14 aeronaves simultaneamente, dependendo da complexidade do setor.
A profissão de controlador de voo tem suas raízes no Brasil desde a década de 1940, com a criação da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) e a formação de sargentos especializados. Os cursos de formação para controladores de tráfego aéreo no Brasil incluem o Curso de Formação de Sargento e o curso no Instituto de Controle do Espaço Aéreo. Os requisitos para ingressar nesses cursos incluem idade entre 17 e 24 anos, ser brasileiro e não possuir antecedentes criminais. O salário inicial de um controlador é de cerca de R$ 4.000, e a profissão oferece boas perspectivas para aqueles que buscam uma carreira no setor aéreo.
A presença feminina no controle de tráfego aéreo tem aumentado significativamente, representando hoje mais de 50% do quadro de controladores. A sargento Gabriela Maicá Rodrigues, que atua no ACC-BS, destaca a importância de apoiar e incentivar as mulheres a seguir a carreira, reforçando que a área é altamente reconhecida e gratificante. A primeira turma de mulheres militares a ingressar na EEAR foi em 2002, e desde então o número de mulheres na aviação e no controle de tráfego aéreo tem crescido. A FAB continua a trabalhar para garantir que a aviação brasileira seja segura e eficiente.