A mediana das projeções para a inflação medida pelo IPCA em 2025, conforme o relatório Focus, subiu pela 16ª semana consecutiva, alcançando 5,51%. Esse valor ultrapassa o teto da meta de inflação, que é de 4,50%, e é maior que os 4,99% registrados um mês antes. As estimativas mais recentes, com base nas atualizações de 45 projeções dos últimos cinco dias úteis, indicam uma leve queda, de 5,64% para 5,58%. O Banco Central agora adota uma nova metodologia de apuração da meta, considerando a inflação acumulada em 12 meses, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa Selic para 13,25% em sua última reunião, citando a necessidade de garantir a convergência da inflação para a meta de 3% até o terceiro trimestre de 2026. A projeção para o IPCA de 2025 foi ajustada para 5,2%, mas o cenário de riscos continua assimétrico para cima, indicando que há uma chance maior de a inflação ultrapassar as expectativas. Em março, o Copom deve aumentar a taxa Selic para 14,25%, visando um controle mais efetivo da inflação.
Além disso, as projeções para os anos seguintes também indicam uma elevação nas expectativas de inflação. A estimativa para 2026 subiu de 4,22% para 4,28%, enquanto a de 2027 permaneceu estável em 3,90%. A expectativa para o IPCA de 2028 aumentou de 3,73% para 3,74%, mantendo uma tendência crescente para o futuro próximo. A continuidade dos ajustes nas taxas de juros reflete a estratégia do Banco Central para lidar com a pressão inflacionária nos próximos anos.