A região da Cracolândia, no centro de São Paulo, continua sendo alvo de operações de segurança e fiscalização para combater o tráfico de drogas e melhorar as condições de vida dos moradores de rua. No ano passado, ferros-velhos e centros de materiais recicláveis foram fechados por suspeita de envolvimento com o crime, mas muitos desses estabelecimentos foram reabertos sem restrições neste ano. Apesar de tentativas de controle, como o fechamento de comércios e investigações de práticas ilegais envolvendo alguns agentes públicos, a fiscalização continua sendo vista como essencial para garantir que as ações sejam eficazes.
Em paralelo, a Prefeitura de São Paulo e o governo estadual estão trabalhando em conjunto para melhorar a segurança da área e oferecer serviços de saúde e assistência social para a população vulnerável. A redução no número de pessoas circulando na Cracolândia em janeiro de 2025, comparado ao mesmo período de 2024, é vista como um progresso, embora usuários ainda sejam encontrados em várias partes da região central da cidade. A construção de um muro de 40 metros de extensão, com o objetivo de delimitar o espaço de fluxo de drogas, gerou polêmica e foi criticada por movimentos sociais, mas o governo defende que a medida visa a proteção e a organização do espaço.
A questão da Cracolândia é um problema complexo que se arrasta há décadas e continua sendo um desafio para as autoridades locais. Diversas promessas de soluções têm sido feitas, mas, até o momento, não há uma solução definitiva. O governo do estado tem buscado alternativas, como a transferência do fluxo de usuários para outras áreas da cidade, mas essa proposta também foi abandonada após protestos. A situação segue sendo monitorada por órgãos públicos, enquanto se busca um equilíbrio entre segurança, assistência social e respeito aos direitos dos indivíduos afetados pela situação.