O financiamento imobiliário no Brasil registrou R$ 186,7 bilhões em 2024, um aumento de 22,3% em relação ao ano anterior, superando as expectativas do setor. O crescimento foi impulsionado pela recuperação da economia, que aumentou o emprego e a renda da população, gerando maior demanda por imóveis. A alta no número de lançamentos e vendas de imóveis também contribuiu para esse resultado positivo. No entanto, a expectativa para 2025 é de uma queda de 15% a 20% nos financiamentos, em razão do aumento das taxas de juros e do esfriamento da demanda.
Apesar do crescimento no financiamento imobiliário, o cenário mudou nos últimos meses de 2024 devido à elevação da taxa básica de juros, a Selic, o que resultou no aumento das taxas de crédito. O reajuste das taxas, iniciado pelos bancos no final de 2024, deve ter um impacto mais significativo nos próximos meses, afetando a concessão de novos financiamentos e desacelerando o mercado. A Caixa Econômica Federal, maior líder do setor, já ajustou suas taxas para níveis mais altos, aproximando-se das taxas praticadas pelos bancos privados.
Em termos de inadimplência, o setor registrou o menor índice da história, com apenas 1% de pagamentos em atraso em 2024, uma queda em relação ao ano anterior. No entanto, o mercado continuará atento aos potenciais impactos de um possível aumento nos distratos de imóveis nos próximos meses, uma vez que a elevação das taxas pode afetar o compromisso de muitos compradores. Além disso, o financiamento via FGTS também apresentou crescimento expressivo, alcançando R$ 126 bilhões, com a previsão de manutenção do orçamento para 2025.