O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou em um discurso que o recente aumento na produtividade pode estar relacionado a novas tecnologias, como inteligência artificial (IA). Segundo ele, a história econômica mostra que aumentos significativos na produtividade, quando impulsionados por inovações tecnológicas, podem se estender por diferentes setores da economia, em vez de serem apenas fenômenos temporários. Goolsbee destacou que os setores mais intensivos em tecnologia foram os que apresentaram os maiores aumentos na produtividade antes e após a pandemia de covid-19.
Pesquisadores do Fed de Chicago conduziram uma análise comparando a produtividade dos setores dos Estados Unidos na década anterior à pandemia e notaram que os mais intensivos em tecnologia, como a IA, apresentaram os maiores ganhos. Embora o presidente do Fed não tenha confirmado se a IA será uma tecnologia de uso geral, ele observou que há evidências que sugerem que o recente aumento na produtividade pode estar diretamente relacionado a ela. No entanto, ele enfatizou que é importante considerar que esse crescimento pode continuar em determinados setores, o que exige uma vigilância cuidadosa.
Apesar do otimismo com o aumento de produtividade, Goolsbee alertou para o risco de antecipação excessiva, o que pode complicar a tomada de decisões pelo Banco Central dos EUA. O desafio, segundo ele, é balancear a percepção de que o crescimento da produtividade é sustentável, sem cair na armadilha de expectativas inflacionadas que possam prejudicar a economia.