A febre amarela tem causado preocupação em São Paulo, onde oito das doze infecções registradas em 2025 resultaram em morte, sendo todas as vítimas não vacinadas. O índice de letalidade é alarmante, com 66,6% dos casos fatais, afetando pessoas com idades entre 21 e 71 anos. As autoridades de saúde reforçam que a vacinação é a principal medida de prevenção, com a oferta gratuita em postos de saúde em todo o país. Apesar disso, cerca de 5 milhões de pessoas no estado de São Paulo ainda não receberam a vacina.
O esquema vacinal em vigor no Brasil prevê doses para crianças aos 9 meses e 4 anos, além de uma dose única para pessoas não vacinadas com mais de 5 anos. Em resposta ao aumento de casos, o governo solicitou ao Ministério da Saúde 6 milhões de doses adicionais, das quais já foram recebidas 2 milhões. O secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, destacou que todas as unidades de saúde do estado têm vacinas disponíveis, incentivando a população a buscar os postos caso haja dúvidas sobre a vacinação.
A febre amarela é transmitida por mosquitos infectados, sendo o ciclo silvestre (entre macacos e mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes) uma das formas de disseminação, especialmente em áreas de mata. Também pode ocorrer o ciclo urbano, com o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue e zika, sendo capaz de espalhar o vírus entre seres humanos. O início da doença é marcado por sintomas como febre, calafrios, dores no corpo, náuseas e fraqueza, e um acompanhamento médico é essencial para evitar complicações graves.