A Secretaria de Política Econômica (SPE) revisou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025, passando de 2,5% para 2,3%. Essa redução é atribuída aos ciclos contracionistas das políticas monetária e fiscal, com destaque para o aumento da taxa de juros e o impacto do cenário externo. As atividades cíclicas, como a indústria e os serviços, deverão ser mais afetadas pela diminuição do crédito e dos estímulos fiscais, enquanto setores não cíclicos, como a agropecuária e a produção extrativa, devem continuar a crescer.
A projeção para a indústria foi revista para 2% de crescimento, enquanto a previsão para o setor de serviços caiu para 1,9%. A SPE espera uma desaceleração gradual da economia a partir do segundo trimestre de 2025, com uma leve aceleração nos primeiros meses, impulsionada pela colheita recorde de soja e pelo reajuste do salário mínimo, que deve beneficiar o setor de serviços, especialmente atividades relacionadas ao agronegócio.
Quanto à inflação, a expectativa para 2025 é de uma taxa de 4,8%, com uma inflação resiliente, em parte devido aos efeitos da depreciação cambial e ao ritmo de atividade econômica aquecido. O cenário varia conforme os setores: espera-se queda nos preços de alimentos, estabilidade nos serviços e aumento nos preços de bens industriais e itens monitorados. A SPE também observou que, caso o real continue com um desempenho superior ao de outras moedas, a inflação pode apresentar uma tendência mais favorável ao longo do ano.