O tempo de trânsito intestinal é o período necessário para que os alimentos percorram o trato digestivo, do momento da ingestão até a eliminação. Esse processo pode variar de pessoa para pessoa, com estimativas que indicam que pode levar de 12 a 73 horas para a eliminação completa dos alimentos, com uma média de 23 a 24 horas. Fatores como genética, alimentação e composição do microbioma intestinal influenciam essa variação. A motilidade intestinal é controlada, em parte, por bilhões de bactérias no intestino, que ajudam na digestão e fortalecem o sistema imunológico.
Quando o trânsito intestinal é lento, pode ocorrer acúmulo de alimentos no intestino, causando prisão de ventre, inchaço e outros desconfortos. Nesse caso, as bactérias podem recorrer a proteínas em vez de fibras para se alimentar, resultando na produção de gases tóxicos. Por outro lado, um trânsito intestinal rápido pode ser prejudicial, pois pode impedir a absorção adequada de nutrientes e água, resultando em fezes mais líquidas, o que pode levar à desidratação e agravamento de condições como doenças inflamatórias intestinais e síndrome do intestino irritável.
Uma maneira simples de testar a velocidade do trânsito intestinal é por meio do “teste do milho”, que envolve a ingestão de milho e a observação do tempo até que a casca do milho seja eliminada nas fezes. Caso o trânsito seja muito rápido ou lento, é recomendada a consulta médica para investigar possíveis causas. Além disso, mudanças na alimentação, como o aumento do consumo de fibras e água, e a prática de exercícios físicos podem ajudar a regular o trânsito intestinal, promovendo a saúde digestiva.