Luiza Cunha, filha de um homem que faleceu na Penitenciária da Papuda em novembro de 2023, afirmou que seu pai foi preso injustamente durante os acontecimentos de 8 de janeiro e pediu apoio ao representante da Organização dos Estados Americanos (OEA), Pedro Vaca. O encontro ocorreu no contexto de uma missão da OEA no Brasil, onde Vaca, relator para a liberdade de expressão, se reuniu com diversas figuras políticas para discutir questões relacionadas aos direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão e a repressão política no país.
Luiza Cunha destacou que seu pai, Cleriston Pereira da Cunha, foi torturado enquanto estava preso e morreu após um mal súbito durante o banho de sol na penitenciária. Ela descreveu a experiência como uma forma de tortura contínua para sua família. A acusação é de que Cleriston foi preso injustamente e não participou dos atos de 8 de janeiro, entrando no Congresso apenas para se proteger das bombas de gás lançadas durante a repressão policial. A morte foi comunicada pelas autoridades locais ao Supremo Tribunal Federal (STF), que está conduzindo o processo relacionado aos envolvidos nos eventos daquele dia.
O deputado federal Marcel van Hattem também esteve presente na reunião com Vaca e expressou sua indignação com o que considera abusos de autoridade e censura por parte do STF, especialmente no que tange ao tratamento de parlamentares e cidadãos durante o atual governo. Em suas declarações públicas, ele criticou fortemente o governo e a corte, reforçando a necessidade de uma intervenção para proteger as liberdades individuais e combater a perseguição política.