A família da jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia manifestou indignação com os atrasos no processo judicial contra um empresário acusado de envolvimento no assassinato dela, ocorrido em 2017. Yorgen Fenech, empresário ligado a um grupo de cassinos e hotéis, foi preso em novembro de 2019 sob a acusação de cumplicidade no crime. Desde então, o caso não foi levado a julgamento, e os atrasos no processo têm sido apontados como fatores para a concessão de fiança ao acusado.
O empresário, que teve a prisão preventiva alterada para fiança, ainda aguarda o início do julgamento. A defesa tem argumentado que a demora no processo justifica essa decisão, levando à insatisfação da família da vítima. Para os parentes de Caruana Galizia, a ausência de uma data definida para o julgamento prolonga o sofrimento e a busca por justiça.
A situação gerou repercussão tanto na Malta quanto internacionalmente, com organizações de defesa dos direitos humanos e entidades de imprensa pedindo celeridade no andamento do caso. A investigação sobre o assassinato da jornalista, conhecida por seu trabalho investigativo, continua sendo um dos casos de maior destaque no país, refletindo preocupações sobre a impunidade e a proteção dos jornalistas.