A família Agnelli, por meio de sua holding Exor, está vendendo uma participação de 3 bilhões de euros (aproximadamente R$ 16,5 bilhões) na Ferrari, após o valor de mercado da montadora de supercarros ter multiplicado mais de 10 vezes desde seu IPO nos Estados Unidos. A venda será composta por sete milhões de ações ordinárias e representa cerca de 4% do capital social da empresa. Apesar da transação, a Exor continuará sendo a maior acionista da Ferrari, mantendo cerca de 30% dos direitos de voto.
A operação será realizada por meio de uma oferta acelerada de ações para investidores institucionais, com Goldman Sachs e JPMorgan Chase coordenando a transação, que deve ser concluída até 3 de março. Após o anúncio da venda, as ações da Ferrari caíram cerca de 5,4%, a maior queda desde novembro de 2024. Os recursos gerados com a venda serão destinados a uma nova aquisição e a um programa de recompra de ações no valor de 1 bilhão de euros.
A Ferrari, uma das marcas de luxo mais valiosas do mundo, continuará a contar com o apoio da família Agnelli. O CEO da Exor, John Elkann, destacou que a redução da participação visa melhorar a diversificação do portfólio do grupo, sem comprometer a confiança no futuro da montadora. Em uma ação paralela, a Ferrari também anunciará a recompra de até 10% das ações vendidas pela Exor, com um limite de 300 milhões de euros para o programa.