Uma investigação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul apura o caso de uma mulher que se apresentou como biomédica, mas não possuía a formação necessária para realizar procedimentos estéticos. A acusada é investigada por causar lesões em pacientes, incluindo queimaduras graves, após realizar procedimentos sem qualificação. O caso veio à tona por meio de denúncias de vítimas que sofreram consequências adversas, como dores intensas e complicações em seus tratamentos.
Além de atuar de forma ilegal em clínicas de estética, a suspeita também ministrava cursos, cobrando valores elevados por palestras destinadas a profissionais da área da saúde. Ela se apresentava como especialista, mas seu nome não constava nos registros oficiais do Conselho Nacional de Biomedicina. Uma das vítimas registrou um boletim de ocorrência alegando quase ter ficado cega após o procedimento, mas relatou temer retaliações devido à sua dependência financeira do local onde os procedimentos eram realizados.
A investigação continua em andamento, com várias vítimas já identificadas e depoimentos sendo colhidos pela Polícia Civil. Fontes apontam que a acusada fugiu para outro estado, levando o filho com ela, após ter sido descoberta pelo ex-marido. O caso também gerou repercussão no Instituto Lari Venâncio, que acusou a falsa biomédica de enganar a instituição com documentos falsos. O inquérito prossegue enquanto autoridades buscam identificar possíveis novas vítimas.