Desde o início da série histórica de dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) em 2015, o Brasil registrou 1.580 acidentes aéreos. Desses, cerca de 355 envolvem falhas ou mau funcionamento do motor, seja de forma isolada ou em conjunto com outros fatores. A queda recente de um avião de pequeno porte em São Paulo, que causou a morte de duas pessoas e feriu outras sete, ainda está sendo investigada. O Cenipa investiga causas como perda de controle em voo, excursão de pista e falhas no solo como principais fatores contribuintes para esses acidentes.
Os aviões de pequeno porte são responsáveis pela maior parte dos acidentes registrados. Nos últimos dez anos, 1.471 acidentes envolveram essas aeronaves, com 681 vítimas fatais. As operações mais comuns para esses tipos de aeronaves incluem táxi aéreo, voos agrícolas, de instrução e experimentais. A maior parte desses incidentes está associada à falta de barreiras de defesa adequadas, o que pode ser atribuído à menor regulamentação desses tipos de operação, mais vulneráveis a falhas.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) aponta que a manutenção preventiva rigorosa, a capacitação dos pilotos e a melhoria das práticas operacionais são essenciais para reduzir os riscos. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é responsável pela fiscalização da manutenção de aeronaves, especialmente as de pequeno porte, e exige a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) para garantir que essas aeronaves estejam em condições adequadas para o voo.