Empresas agroexportadoras argentinas solicitaram ao governo que refaça a licitação para a manutenção da hidrovia do Paraná, essencial para o transporte de grãos no país. A Argentina exporta 80% de seus grãos por essa via, que é atualmente dragada pela empresa belga Jan de Nul. As exportadoras pedem uma maior profundidade no rio para permitir a passagem de mais navios e aumentar a eficiência do transporte.
O processo licitatório anterior foi cancelado devido a irregularidades identificadas pelas autoridades. O grupo DEME, único participante da licitação, afirmou não entender por que outras empresas não se inscreveram. O governo argentino, por meio de seu porta-voz, anunciou que investigará possíveis pressões sobre a concorrência, enquanto os exportadores aguardam uma nova licitação, com previsão para ser lançada em três meses.
A dragagem do Paraná é uma questão estratégica para o setor agroexportador, que depende dessa rota para garantir o escoamento das safras. Gustavo Idigoras, representante das empresas exportadoras, reiterou a urgência da questão e a necessidade de uma nova licitação que seja justa e eficiente, atendendo às demandas do mercado e do setor agrícola.