Os preços do cacau devem cair significativamente até o final de 2025, com uma previsão de queda de até 32% no mercado de Londres, e 28% em Nova York, conforme indicado por uma pesquisa realizada com traders e analistas. O principal fator para essa diminuição é o aumento da oferta do produto, especialmente fora da África Ocidental, e a redução da demanda devido aos preços elevados. Em abril de 2024, os preços atingiram níveis recordes devido a problemas climáticos nas principais regiões produtoras, como Costa do Marfim e Gana, mas agora, com o clima melhorando e maiores investimentos na produção, espera-se um aumento na oferta de cacau.
A safra de cacau na Costa do Marfim deve atingir 1,8 milhão de toneladas na temporada 2024/25, enquanto em Gana a produção será de 620.000 toneladas. Essas estimativas representam um aumento significativo em relação à temporada anterior, que enfrentou dificuldades devido ao clima adverso e à queda na produção. Esse crescimento na produção, aliado a um ajuste no comportamento dos consumidores de chocolate frente aos preços elevados, tende a equilibrar o mercado do cacau, após três temporadas de déficit.
O cenário para a produção de cacau em 2025 parece mais promissor, com uma oferta potencialmente maior, desde que não ocorram problemas climáticos imprevistos. Especialistas no setor indicam que, se as condições se mantiverem estáveis, é possível que o mercado enfrente um excedente significativo até 2026. No entanto, o impacto nos preços e na demanda ainda dependerá da continuidade das melhorias nas colheitas e do controle da qualidade, aspectos fundamentais para garantir a sustentabilidade do mercado global de cacau.