O dólar apresentou leve queda nesta quarta-feira (12), refletindo a expectativa de investidores sobre a divulgação de novos dados de inflação nos Estados Unidos, o que pode influenciar a política monetária do país. A aceleração da inflação americana, acima da meta do Federal Reserve, e as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que podem encarecer produtos internos, geram incertezas sobre possíveis aumentos nas taxas de juros. Isso afeta não só a economia dos EUA, mas também as expectativas globais, com investidores atentos ao impacto dessas decisões.
No Brasil, o setor de serviços apresentou uma queda de 0,5% em dezembro de 2024, após dois meses consecutivos de retração. Apesar disso, o acumulado anual do setor foi positivo, com um crescimento de 3,1%. Em relação à inflação, o IPCA de janeiro subiu 0,16%, em linha com as expectativas do mercado, com destaque para as altas nos grupos de Transportes e Alimentação. Esse cenário de inflação moderada no Brasil contrasta com as preocupações dos investidores sobre a pressão inflacionária global, exacerbada pelas políticas comerciais dos EUA.
As tarifas de 25% sobre aço e alumínio impostas por Trump, que começam a valer em março, geraram reações internacionais, com a Europa e a Coreia do Sul buscando minimizar os impactos sobre suas indústrias. O governo brasileiro, por sua vez, adotou uma postura cautelosa, indicando a necessidade de diálogo para avaliar as consequências dessas medidas. A decisão do Federal Reserve de manter as taxas de juros elevadas também pode impactar a dinâmica econômica global, uma vez que os juros elevados tendem a fortalecer o dólar, pressionando os preços das commodities e gerando desafios adicionais para os mercados emergentes.