A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda projeta para 2025 um crescimento global moderado, com continuidade no processo de desinflação. A avaliação destaca que os Estados Unidos devem apresentar crescimento inferior ao de 2024, devido aos efeitos da política monetária contracionista. Enquanto isso, a recuperação da economia japonesa e o crescimento na Zona do Euro são esperados, e o processo de convergência da inflação à meta será mais acelerado nas economias avançadas em comparação aos países emergentes, onde a desinflação seguirá em ritmo mais lento.
O documento também alerta para riscos relacionados a práticas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos, como a imposição de tarifas comerciais. Essas medidas podem afetar negativamente a economia global, aumentar a aversão ao risco e fortalecer o dólar, o que prejudicaria a recuperação econômica mundial e poderia afetar as economias emergentes, que já enfrentam desafios devido ao processo de desinflação. A desaceleração econômica da China também é vista como um fator de risco, pois uma redução na demanda por commodities pode impactar negativamente os mercados globais.
Por outro lado, a SPE aponta que fatores como o aumento da oferta de petróleo e gás nos EUA, o impacto da inteligência artificial sobre o consumo de energia e uma safra recorde de grãos no Brasil podem contribuir para a queda nos preços de commodities em 2025. Apesar disso, a volatilidade nos mercados financeiros tende a aumentar no próximo ano, conforme as condições globais e locais evoluem, refletindo um cenário desafiador para os mercados internacionais.