Em janeiro, um soldado de 19 anos foi agredido por seis colegas dentro do 13º Regimento de Cavalaria Mecanizada, em Pirassununga (SP). Durante o incidente, que ocorreu no dia 16, o jovem foi golpeado com objetos como remo de panela, pedaços de madeira e uma vassoura, além de ter a farda arrancada. As agressões, que duraram cerca de 30 minutos, geraram grande repercussão após a vítima denunciar o caso à Polícia Civil e apresentar provas, como fotos das lesões e prints de conversas com um dos agressores, que minimizou os fatos alegando que se tratava de uma “brincadeira”.
O Exército Brasileiro iniciou uma investigação interna, instaurando um Inquérito Policial Militar para apurar a violência. Além disso, o Comando Militar do Sudeste emitiu uma nota repudiando as agressões e informou que os militares suspeitos seriam expulsos. No final de fevereiro, os seis envolvidos foram de fato desligados das Forças Armadas, mas ainda enfrentarão processo na Justiça Militar, onde serão julgados como civis. O Ministério Público Militar definirá as acusações formais.
Após a agressão, o soldado foi afastado das atividades e iniciou tratamento psiquiátrico e psicológico devido aos fortes traumas causados. De acordo com seu advogado, ele apresenta sintomas de ansiedade e ataques de pânico, lembrando constantemente das violências sofridas. A situação chamou atenção para os efeitos devastadores da violência dentro de instituições militares, com a vítima buscando recuperação enquanto aguarda o andamento dos processos judiciais.