Em 2020, o exército colombiano foi celebrado por sua vitória contra as guerrilhas das Farc, encerrando décadas de conflito armado no país. Durante esse período, o general Mario Montoya foi amplamente reconhecido como herói nacional por sua liderança nas operações militares que culminaram na derrota do grupo insurgente. A população colombiana e muitos observadores internacionais viam a vitória como um marco na luta contra o terrorismo e a violência.
No entanto, investigações posteriores trouxeram à tona um escândalo envolvendo o exército colombiano. Foi revelado que milhares de pessoas, inicialmente identificadas como insurgentes, foram executadas por forças militares, mas, na verdade, muitas dessas vítimas eram civis inocentes. Esses casos de execução extrajudicial geraram um intenso debate sobre os métodos empregados pelo exército durante o conflito, colocando em xeque a narrativa oficial sobre a luta contra as Farc.
O episódio gerou uma grande repercussão no país, com críticas tanto internas quanto internacionais. Além de questionamentos sobre a conduta do exército, o caso também alimentou discussões sobre a responsabilidade do Estado em garantir os direitos humanos e a justiça, especialmente em contextos de guerra e enfrentamento de grupos armados. O escândalo levou a uma reavaliação crítica da história recente da Colômbia e de como o conflito foi conduzido pelas forças armadas.