A colheita da soja no Centro-Oeste do Brasil tem enfrentado dificuldades devido ao excesso de chuvas, o que tem atrasado o avanço do trabalho nos campos. Em fevereiro de 2024, o país já havia colhido apenas 14% das lavouras, e atualmente, esse número não chega a 10%. Esse atraso impacta também a produção de milho, que depende da colheita da soja para iniciar a semeadura, podendo resultar em uma safra de menor produtividade e uma área plantada reduzida.
Apesar dos desafios climáticos, o Brasil segue com a expectativa de alcançar uma safra recorde de grãos, com a previsão de produção de soja variando entre 165 e 167 milhões de toneladas, um número inferior às estimativas iniciais, mas ainda considerável. O clima tem sido determinante, com chuvas excessivas dificultando o trabalho nas lavouras de Mato Grosso, principal estado produtor, e a seca extrema afetando regiões como o noroeste do Rio Grande do Sul.
A produtividade da soja e do milho neste ano dependerá da capacidade dos produtores de gerenciar o tempo e otimizar o uso da janela de chuvas. As máquinas enfrentam dificuldades operacionais devido ao solo encharcado, o que exige paradas frequentes para evitar atolamentos e danos aos equipamentos. Mesmo com esses contratempos, a expectativa de uma safra histórica ainda se mantém, embora as condições climáticas possam reduzir os números em comparação com as previsões iniciais.