Em depoimento no inquérito sobre a morte de uma jovem soldada, uma ex-soldada revelou experiências de assédio e intimidação dentro das forças armadas britânicas. A mulher compartilhou como, aos 17 anos, foi abordada de maneira inadequada por um sargento e passou a se sentir insegura, chegando a trancar a porta do seu quarto com medo de que colegas de trabalho invadissem sua privacidade. Ela relatou que, frequentemente, as mulheres eram alvo de comentários desrespeitosos por parte de soldados homens, especialmente quando rejeitavam propostas de natureza sexual.
Durante o depoimento, a ex-soldada comentou que esse tipo de comportamento não era isolado, mas sim algo recorrente na rotina das mulheres nas forças armadas. A situação de assédio e as constantes atitudes invasivas criavam um ambiente de trabalho tóxico, em que as mulheres se sentiam constantemente vulneráveis e ameaçadas. A ex-soldada ainda destacou que a falta de ações eficazes para proteger as mulheres no ambiente militar era uma preocupação recorrente.
O depoimento também incluiu informações sobre recursos de apoio à saúde mental e prevenção de crises, com números de linha direta para ajudar pessoas em situações de vulnerabilidade emocional e psicológica. Essas linhas de apoio oferecem suporte em momentos de necessidade e são parte de um esforço para garantir a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos, especialmente em contextos de estresse ou trauma, como o vivido pelas mulheres nas forças armadas.