O ex-presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra) e um ex-diretor da agência foram liberados após o término do prazo de cinco dias de prisão temporária, no contexto de uma investigação sobre fraudes em um contrato de R$ 27 milhões para a reforma de prédios públicos. A operação, que resultou na prisão de oito pessoas, incluindo empresários e ex-membros da Goinfra, apura irregularidades como superfaturamento e pagamentos indevidos, além de modificações no escopo das obras contratadas. A defesa dos envolvidos reafirma a colaboração contínua com as autoridades para esclarecer os fatos e demonstrar a ausência de irregularidades.
A investigação foi desencadeada a partir de relatórios técnicos e inspeções realizadas por órgãos como a Secretaria Estadual de Infraestrutura e a Controladoria Geral do Estado. Além do contrato de R$ 27 milhões, outro contrato de R$ 271,8 milhões também foi identificado e bloqueado devido a irregularidades, incluindo sobrepreço de R$ 62,5 milhões. O Tribunal de Contas do Estado apontou falhas substanciais na execução do contrato, que gerou prejuízos aos cofres públicos, com estimativas de danos na ordem de R$ 10,4 milhões.
A Polícia Civil destacou que os interrogatórios dos envolvidos no núcleo institucional foram concluídos, e não haverá prorrogação das prisões temporárias para esses agentes. Contudo, a investigação continua, com foco no núcleo empresarial da operação, que inclui outros investigados ainda foragidos. A ação faz parte de um esforço contínuo para combater a corrupção no setor público e assegurar a transparência nas contratações governamentais.