O ex-presidente da Coreia do Sul, afastado do cargo após sofrer impeachment, foi indiciado por insurreição devido à tentativa de impor lei marcial em dezembro de 2024. A ação foi considerada uma tentativa de silenciar o Parlamento, dominado pela oposição, e acabou gerando um caos político no país. Durante a primeira audiência do julgamento criminal, sua defesa alegou que a medida foi necessária para evitar uma suposta ditadura legislativa, atribuindo à oposição a responsabilidade por paralisar a administração. O processo contra ele é inédito na história do país, sendo o primeiro julgamento penal de um presidente em exercício.
Yoon Suk Yeol, que enfrentou impeachment por causa da medida, ainda aguarda o veredito do Tribunal Constitucional sobre sua destituição. Durante a audiência, ele não se manifestou no tribunal, e seu advogado solicitou a anulação das acusações, argumentando que a investigação foi ilegal. A acusação, por sua vez, argumenta que ele liderou uma insurreição, que pode ser punida com pena de morte ou prisão perpétua. O ex-presidente permanece preso preventivamente, aguardando a continuidade do processo, com a possibilidade de ser libertado após seis meses caso não seja condenado.
Além disso, no mesmo dia, uma audiência sobre o impeachment de Yoon foi realizada no Tribunal Constitucional, onde o ex-presidente optou por não comparecer devido à presença de ex-colaboradores, como o ex-primeiro-ministro, e se recusou a assistir aos depoimentos. O Tribunal tem até junho de 2025 para decidir sobre a destituição, com possibilidade de novas eleições presidenciais caso o impeachment seja confirmado. Caso contrário, Yoon pode ser reintegrado ao cargo de presidente da Coreia do Sul.