Horst Köhler, ex-presidente da Alemanha entre 2004 e 2010, faleceu neste sábado (1º) aos 81 anos, após uma breve doença, conforme anunciado pelo gabinete presidencial. Natural da Polônia, Köhler teve uma infância marcada pela vivência em campos de refugiados antes de se estabelecer em Ludwigsburg, na Alemanha. Economista de formação e membro do Partido Democrata Cristão, ele desempenhou um papel importante nas reformas financeiras e econômicas pós-queda do regime comunista, especialmente na integração da Alemanha Oriental à Alemanha Ocidental após 1990.
Köhler também teve uma carreira de destaque no cenário internacional, servindo como diretor administrativo do Fundo Monetário Internacional (FMI) de 2000 a 2004. Durante seu tempo como presidente, ele não hesitou em tomar decisões ousadas, como dissolver o parlamento em 2005 e convocar novas eleições, além de criticar a gestão da chanceler Angela Merkel sobre a globalização. Sua postura política, incluindo uma declaração controversa sobre os interesses econômicos da Alemanha em suas missões militares externas, gerou críticas que levaram sua renúncia um ano após o início de seu segundo mandato.
Apesar de ser inicialmente uma figura desconhecida, Köhler se tornou um dos líderes políticos mais populares da Alemanha, conquistando o apoio da população por sua visão sobre a força e o potencial do país. A morte do ex-presidente foi lamentada por autoridades alemãs, incluindo o atual presidente Frank-Walter Steinmeier, que destacou seu legado como um homem que sempre acreditou no país e no seu povo.