O ex-policial condenado pelo assassinato de um militante foi autorizado a cumprir sua pena em prisão domiciliar, decisão que gerou polêmica. A autorização, concedida por um desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, levou em consideração a saúde debilitada do réu, que sofreu graves ferimentos, incluindo nove tiros, durante um ataque à sua pessoa. A medida foi defendida pelos advogados com base no estado de saúde do ex-policial, que ainda carrega projéteis no corpo e segue em tratamento médico.
A decisão provocou críticas, especialmente por parte de políticos do Partido dos Trabalhadores (PT), que acusaram a medida de desrespeitar a memória da vítima e de atenuar a gravidade do crime, classificado como motivado por ódio ideológico. O homicídio, ocorrido em 2022, intensificou o debate sobre a crescente violência política no Brasil, refletindo as tensões em torno de ideologias e polarização política no país.
O caso gerou repercussão nacional, levantando questões sobre a impunidade em crimes políticos e o tratamento dispensado a réus em situações semelhantes. O episódio destacou, também, o impacto da violência política e a necessidade de reflexão sobre como a justiça tem lidado com casos que envolvem motivações ideológicas.