O ex-governador de Goiás foi mencionado em uma investigação conduzida pela Polícia Federal, que apura desvios de recursos públicos na área da saúde. A Operação Panaceia, deflagrada na última semana, teve como foco uma Organização Social contratada para administrar hospitais no estado, suspeita de repassar recursos para políticos e seus aliados. A operação resultou em dez mandados de busca e apreensão, incluindo em Goiânia e Brasília, e a retenção de bens no valor de R$ 28 milhões.
O ex-governador afirmou que recebeu um empréstimo de R$ 100 mil de um advogado investigado, que também havia repassado R$ 35 mil ao irmão do ex-governador. Ele justificou o valor, dizendo que foi um empréstimo pago com seu próprio trabalho. A defesa de Perillo negou qualquer envolvimento em crimes relacionados aos desvios investigados. Segundo ele, o advogado é amigo e, por isso, ele não poderia questionar os outros aspectos da atuação do profissional.
A investigação da PF e da Controladoria-Geral da União revela que os envolvidos subcontratavam serviços de escritórios de advocacia ligados a políticos, que, por sua vez, repassavam os recursos públicos de forma ilegal. O objetivo era dificultar a fiscalização e mascarar a execução dos serviços. Os acusados negam qualquer envolvimento nos esquemas ilegais que estariam sendo apurados.