Kelly Stonelake, ex-diretora de Marketing de Produtos da Meta, entrou com uma ação judicial contra a empresa, acusando-a de discriminação de gênero, abuso sexual e retaliação após denunciar condutas irregulares dentro da companhia. Stonelake, que trabalhou na Meta por 15 anos, alega que foi alvo de agressões sexuais e de um ambiente de trabalho hostil, incluindo comentários sexistas e a sugestão de que deveria se envolver com um superior para obter uma promoção. Ela também destaca a marginalização das mulheres e a falta de apoio à diversidade dentro da empresa.
A ex-funcionária menciona que, em um dos casos descritos no processo, enfrentou resistência ao tentar levantar preocupações sobre práticas racistas em um aplicativo de realidade virtual da Meta. Ela afirma que, ao tentar combater esse racismo, passou a ser vista como um problema dentro da organização, refletindo uma cultura de silenciamento de mulheres e vozes críticas na empresa. Stonelake também critica a recente mudança na Meta, incluindo o fim do programa de diversidade e inclusão, e cita uma declaração do CEO da empresa que reforça um ambiente corporativo mais agressivo e masculino.
O processo movido por Stonelake inclui pedidos de indenização por danos morais e honorários advocatícios, além da compensação por salários perdidos. Sua denúncia vem em um momento de grandes mudanças internas na Meta, incluindo a reestruturação de programas de checagem de fatos e políticas de inclusão. Stonelake argumenta que essas mudanças enfraquecem as práticas de diversidade e inclusão e prejudicam a inovação, alertando que ambientes tóxicos e discriminatórios não são apenas injustos, mas também anti-inovação, afetando negativamente os resultados de negócios e colocando em risco os usuários mais vulneráveis.