Uma ex-estudante de medicina, de 25 anos, que foi condenada por desviar uma quantia significativa da comissão de formatura de sua faculdade, obteve recentemente o registro como médica no Conselho Federal de Medicina (CFM), onde já aparece como profissional ativa. A inscrição foi realizada em dezembro de 2024, mas, até o momento, não foi registrada nenhuma especialidade ou área de atuação.
Em 2021, a jovem, que era responsável pela comissão de formatura de sua universidade, transferiu quase R$ 1 milhão arrecadados ao longo de quatro anos para uma conta pessoal, sem o consentimento dos demais membros da comissão. Ela justificou a ação afirmando que o dinheiro seria usado para um investimento, mas alegou ter sido vítima de um golpe em uma corretora de valores. A versão apresentada não foi aceita pelas autoridades, que a acusaram de estelionato.
Em 2024, a Justiça de São Paulo a condenou a cinco anos de reclusão em regime semiaberto e determinou a indenização das vítimas. Apesar da condenação, a profissional conseguiu regularizar seu registro, o que gerou questionamentos sobre os critérios e o acompanhamento das instituições responsáveis.