As tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre aço e alumínio geraram uma forte reação da União Europeia, que promete adotar contramedidas firmes e proporcionais. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que a imposição dessas tarifas não ficará sem resposta e poderá prejudicar as relações econômicas transatlânticas. Ela ressaltou que medidas dessa natureza são prejudiciais tanto para os negócios quanto para os consumidores, e que a UE tomará ações para proteger seus interesses, sem descartar o diálogo construtivo.
A União Europeia se prepara para retaliar com tarifas que podem afetar produtos emblemáticos dos Estados Unidos, como bourbon, jeans e motocicletas. O Parlamento Europeu alerta que as contramedidas podem ser semelhantes às adotadas no passado, atingindo diretamente os estados republicanos, com exportações de produtos americanos. O impacto da medida é significativo, já que o mercado dos EUA é o segundo maior destino para o aço europeu, o que poderia resultar em perdas de até 3,7 milhões de toneladas de exportações de aço, complicando ainda mais a situação da indústria siderúrgica europeia.
A Comissão Europeia também destaca que, apesar do superávit comercial da UE, as tarifas podem afetar negativamente as cadeias de produção interligadas entre os dois blocos. A UE, que mantém um comércio significativo com os EUA, afirmou que está comprometida com negociações para encontrar soluções mutuamente benéficas. No entanto, caso as tarifas permaneçam em vigor, a Europa se prepara para adotar medidas de proteção, embora prefira evitar a escalada de uma guerra comercial.