O governo dos Estados Unidos suspendeu sua parceria com o Brasil no programa de prevenção de incêndios florestais, que envolvia o treinamento de brigadistas em território brasileiro. A decisão foi tomada após um decreto do presidente dos EUA, que interrompeu atividades da assistência internacional. O programa era financiado pela USAID, agência norte-americana que tem sido alvo de críticas do governo dos EUA, inclusive com tentativas de fechamento, alegando corrupção e fraude sem apresentar provas.
A suspensão afetou diretamente o treinamento e a capacitação de profissionais, áreas importantes para o fortalecimento das instituições brasileiras no combate aos incêndios florestais. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) confirmou a interrupção das atividades e informou que as ações continuam com recursos do orçamento federal, sem depender de fundos externos. As atividades programadas com os EUA estão sendo reavaliadas pelas autoridades brasileiras, que decidirão se manterão ou remarcarão as reuniões sem a presença dos representantes americanos.
Apesar da interrupção, o Ibama destacou que não há impacto direto no combate aos incêndios, já que as ações essenciais continuam sendo realizadas com recursos internos. Contudo, o episódio ocorre em um contexto de crescente preocupação com o aumento das queimadas no Brasil, especialmente na Amazônia, onde em 2024 houve um aumento expressivo no número de focos de incêndio, apesar dos desafios climáticos. O governo brasileiro tem enfrentado dificuldades em responder adequadamente a essa crise, que se intensificou ao longo do ano.