O governo dos Estados Unidos decidiu suspender uma parceria com o Brasil voltada para a prevenção de incêndios florestais, medida tomada após um decreto do presidente americano, que interrompeu as atividades de assistência internacional. A iniciativa, que envolvia o treinamento de brigadistas, era financiada pela USAID e executada pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos. A suspensão acontece no contexto de uma tentativa do presidente dos EUA de desmantelar a agência, acusada de corrupção sem evidências apresentadas.
Em resposta, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) informou que as atividades de cooperação internacional foram suspensas por 90 dias devido ao decreto, mas garantiu que a interrupção não afetará diretamente as ações de prevenção e combate aos incêndios, já que essas são realizadas com recursos internos do Brasil. No entanto, o Ibama reconheceu que a paralisação pode prejudicar aspectos técnicos relacionados à capacitação de profissionais e à reestruturação das instituições responsáveis pela gestão ambiental.
O combate aos incêndios florestais continua a ser um grande desafio para o governo brasileiro, especialmente em meio ao aumento dos focos de incêndio e das críticas à resposta do governo à crise das queimadas. O número de incêndios em 2024 cresceu significativamente em comparação com o ano anterior, o que gerou preocupação entre especialistas, que apontaram falhas na prevenção e na gestão dos incêndios, exacerbadas pela seca extrema e pelas mudanças climáticas.