Nesta semana, dois navios da Marinha dos Estados Unidos atravessaram o estreito de Taiwan, marcando a primeira missão desse tipo desde que Donald Trump assumiu a presidência. A passagem gerou uma reação negativa da China, que considera a hidrovia estratégica como parte de seu território, e alega que a missão aumentou os riscos de segurança na região. O incidente ocorreu entre segunda e quarta-feira, com a China destacando forças para monitorar a atividade dos navios norte-americanos, o destróier Lyndon B. Johnson e o navio de pesquisa Bowditch.
A travessia do estreito por embarcações dos EUA é uma ação realizada com certa regularidade, geralmente uma vez por mês, com a presença esporádica de navios aliados. A China, que reivindica a soberania sobre Taiwan, considera tais ações uma provocação. O Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular da China declarou que os EUA estão enviando sinais errados e aumentando os riscos de segurança. A Marinha dos EUA não se pronunciou sobre o episódio após o ocorrido.
O governo de Taiwan, por sua vez, mantém a posição de que apenas o povo de Taiwan pode decidir seu futuro, rejeitando as reivindicações de soberania da China. As operações militares da China na região são vistas por Taiwan como uma pressão constante sobre sua autonomia. O estreito de Taiwan continua a ser uma área estratégica sensível, com tensões entre os dois países ampliando a complexidade da situação geopolítica no local.