Em 14 de fevereiro de 2025, os Estados Unidos alertaram a UNICEF e a ONU Mulheres a evitar focar em políticas relacionadas à diversidade, equidade, inclusão e questões de gênero. A pressão vem após o retorno de Donald Trump à presidência em janeiro de 2025, quando seu governo começou a eliminar programas de diversidade no setor público e a influenciar empresas privadas a adotar posturas semelhantes. As ações buscam reverter iniciativas voltadas à promoção da inclusão de grupos minoritários.
O governo dos EUA, maior contribuinte da ONU, com cerca de 22% do orçamento central e 27% das missões de paz, gerou receios nas agências internacionais quanto à perda de bilhões de dólares em financiamento voluntário. Recentemente, os EUA tentaram barrar, sem sucesso, em uma votação inédita no conselho executivo da UNICEF, programas de diversidade, com apoio de representantes africanos que defendem a manutenção dessas políticas para garantir os direitos de crianças em situação de vulnerabilidade.
Além disso, o Programa Mundial de Alimentos instruiu seus funcionários a evitar o uso de termos relacionados a diversidade e LGBTQI+ em documentos oficiais, com o intuito de prevenir cortes no financiamento dos EUA. O governo Trump também suspendeu sua participação em organismos da ONU, como o Conselho de Direitos Humanos, interrompeu o financiamento à agência de ajuda humanitária aos palestinos e revisou o apoio à Unesco, reforçando sua postura crítica às iniciativas internacionais de inclusão e direitos humanos.