Os Estados Unidos começaram a transferir migrantes detidos para a base militar de Guantánamo, em Cuba, como parte de uma série de medidas adotadas pelo governo para endurecer a política de imigração. A decisão visa abrigar até 30 mil pessoas, incluindo indivíduos em situação irregular, e ocorre no contexto de um aumento nas ações contra a imigração ilegal, promovidas pelo governo atual. A base de Guantánamo, tradicionalmente conhecida por deter prisioneiros relacionados ao terrorismo, também tem sido usada para a detenção de migrantes interceptados no mar.
Segundo fontes oficiais, as autoridades confirmaram que os migrantes são mantidos em áreas separadas dos prisioneiros acusados de terrorismo. A medida gerou críticas de organizações de direitos humanos, que denunciam condições precárias de detenção, como vigilância excessiva durante conversas com advogados e problemas de higiene, como infestações de ratos. Além disso, as autoridades de Cuba se manifestaram contra a decisão, considerando-a uma medida de “brutalidade”.
A base de Guantánamo foi inaugurada em 2002, durante o governo de George W. Bush, e sua operação tem sido um tema controverso ao longo das administrações subsequentes. Embora os ex-presidentes Barack Obama e Joe Biden tenham prometido fechar a prisão, essa ação nunca foi concretizada. O contexto atual reflete o endurecimento das políticas migratórias, que incluem deportações em aviões militares e tensões diplomáticas com países da América Latina.