O governo dos Estados Unidos, sob a administração do presidente Trump, iniciou o transporte de imigrantes ilegais para a base naval de Guantánamo, localizada em Cuba. A medida foi confirmada pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que anunciou o início dos primeiros voos para a instalação, a partir de terça-feira (4). Trump ordenou ao Departamento de Defesa e ao Departamento de Segurança Interna que se preparassem para expandir a capacidade de detenção na base para receber imigrantes, alegando que a Baía de Guantánamo oferece segurança adequada para deter aqueles considerados uma ameaça à segurança nacional.
A Baía de Guantánamo, que atualmente possui cerca de 30 mil leitos, será adaptada para acomodar os imigrantes ilegais, com a construção de uma nova estrutura de tendas para recebê-los. Além disso, aproximadamente 300 membros das forças armadas dos Estados Unidos já foram enviados à base para reforçar a segurança e organizar a infraestrutura necessária. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, afirmou que a expansão da base é uma medida para aumentar a capacidade de detenção, devido à crescente demanda por locais para manter imigrantes ilegais.
Nos últimos meses, mais de 40 mil imigrantes foram mantidos em centros de detenção privados e cadeias locais, embora as limitações de financiamento tenham restringido a quantidade de instalações disponíveis. A medida de enviar imigrantes para Guantánamo é vista como parte do esforço do governo de Trump para lidar com o aumento de imigrantes ilegais no país e garantir que indivíduos considerados perigosos não retornem a seus países de origem.