Autoridades dos Estados Unidos e da Rússia se encontram nesta terça-feira (18) na Arábia Saudita para dar início a negociações sobre o fim da guerra na Ucrânia. No entanto, a reunião gerou preocupações, pois a Ucrânia, principal afetada pelo conflito, e países europeus, diretamente envolvidos, não foram convidados. Essa exclusão tem gerado tensão na Europa, levando a França a convocar uma reunião de emergência com outros países da União Europeia para discutir a situação.
Nos bastidores, surgem informações de que os países europeus podem preparar novas sanções contra a Rússia, especialmente no setor de petróleo, visando prejudicar as fontes de receita do governo russo. O clima de incerteza sobre o futuro da guerra foi intensificado após críticas feitas a membros da Europa, incluindo observações de autoridades americanas durante a Conferência de Segurança de Munique, no fim de semana passado. Além disso, os Estados Unidos enviaram sinais contraditórios sobre o apoio à Ucrânia, sugerindo que a Europa não participaria da reunião em curso.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, reagiu à aproximação entre Estados Unidos e Rússia, afirmando que seu país não aceitará acordos feitos sem a sua participação. Zelenskiy também rejeitou uma proposta dos EUA relacionada ao acesso aos minerais ucranianos, alegando falta de garantias de segurança. A situação se tornou mais complexa após o encontro positivo de Zelenskiy com autoridades americanas na sexta-feira (14), o que levantou a expectativa de avanços em direção à paz. O desfecho das negociações, que continuam em andamento, será crucial para o futuro da Ucrânia e da região.