Donald Trump anunciou que iniciou negociações com o presidente russo, Vladimir Putin, visando o fim da guerra na Ucrânia, após uma conversa de 90 minutos entre os dois. A troca de telefonemas sinaliza uma possível mudança na abordagem dos EUA em relação à Rússia, com a confirmação de que a restauração das fronteiras pré-2014 da Ucrânia é considerada irrealista. Trump expressou confiança no processo de negociações e enfatizou o desejo de evitar mais mortes, informando que o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, seria informado sobre as conversas.
A posição dos EUA nas negociações foi destacada por Pete Hegseth, chefe do Pentágono, que afirmou que não haverá envio de tropas americanas à Ucrânia e que a responsabilidade pela segurança do acordo seria da Europa, sem o apoio do Artigo 5 da OTAN. A Rússia, por sua vez, deixou claro que não aceitará um cessar-fogo simples e exigiu que a OTAN reverta sua expansão no leste europeu, além de demandar o reconhecimento da anexação de quatro regiões ucranianas. A Rússia também se recusou a discutir qualquer troca de território com a Ucrânia, conforme sugerido por Zelenski.
Em meio às negociações, Trump indicou seus representantes para tratar do processo, incluindo Marco Rubio, John Ratcliffe e Mike Waltz, mas não seu enviado especial à Ucrânia. A interação com Zelenski ocorreu após a ligação com Putin, embora a conversa tenha sido mais curta. A situação da Ucrânia continua incerta, com desafios na linha de frente e possíveis mudanças no apoio dos EUA, conforme o novo governo toma forma. No entanto, um recente acordo de troca de prisioneiros entre os dois países tem alimentado as esperanças de um novo caminho para a paz.