Na terça-feira (4), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, encontra-se em El Salvador para negociar uma proposta com o presidente Nayib Bukele. A ideia envolve a transferência de prisioneiros americanos e imigrantes ilegais deportados para prisões salvadorenhas, com uma compensação financeira a ser definida. A proposta surge no contexto da política do governo americano de redução do número de imigrantes ilegais, mas esbarra em desafios legais, pois a Constituição dos Estados Unidos impede a deportação de cidadãos americanos ou residentes legais para outros países.
Além das questões jurídicas, a proposta enfrenta críticas em relação às condições das prisões em El Salvador, que são consideradas duras e perigosas pelo Departamento de Estado dos EUA. Desde 2022, o governo de Bukele tem mantido um alto índice de encarceramentos, muitos dos quais ocorreram sem ordem judicial. Essa situação levanta preocupações sobre possíveis violações de direitos humanos, embora a redução da violência no país seja destacada.
Para que a proposta se concretize, seria necessário alterar a legislação americana, um processo que pode gerar intensos debates jurídicos. A possibilidade de deportação para países com governos não aliados, como Cuba e Venezuela, também é um fator importante a ser considerado. A situação permanece em aberto, com muitas questões legais e de direitos humanos ainda a serem discutidas.