A primeira aeronave militar dos Estados Unidos, transportando imigrantes deportados, chegou à Baía de Guantánamo, Cuba, nesta terça-feira (5). Segundo autoridades americanas, o voo transportou entre 9 e 10 indivíduos, classificados como criminosos estrangeiros perigosos. As imagens divulgadas mostram os detidos algemados, sendo preparados por soldados para embarcar. Essa ação faz parte de um esforço para expandir a capacidade de detenção na base de Guantánamo, que, conforme declarações do presidente americano, deve abrigar até 30 mil migrantes.
O presidente também solicitou ao Pentágono e ao Departamento de Segurança Interna dos EUA que ampliem as instalações da base para acomodar mais migrantes. Embora o governo tenha se recusado a especificar se mulheres e crianças seriam incluídas nesses voos, os planos de expansão geraram grande atenção internacional. Além disso, o uso de aeronaves militares para deportação, embora eficaz, é criticado por seu alto custo, estimado em cerca de US$ 4.675 por migrante em alguns casos recentes.
A prisão de Guantánamo, que se tornou notória durante a “Guerra ao Terror”, tem sido alvo de críticas por violações de direitos humanos e pela detenção indefinida de indivíduos sem acusações formais. Embora os presidentes anteriores tenham prometido fechar a prisão, ela permanece em funcionamento, abrigando atualmente um número reduzido de prisioneiros. O local foi estabelecido em 2002, com a justificativa de conter suspeitos de terrorismo, mas continua sendo um ponto sensível nas discussões sobre segurança e direitos humanos nos Estados Unidos.