A 30ª edição do Prêmio Jovem Cientista, realizada em Brasília no dia 12 de fevereiro, premiou projetos focados em conectividade e inclusão digital. Entre os vencedores, destacou-se a estudante Arienny Ramos Souza, que conquistou o primeiro lugar na categoria de Estudante de Ensino Superior com a pesquisa sobre o assédio sexual contra mulheres nas redes sociais. O trabalho, intitulado “Gênero e poder no ciberespaço”, investigou como o assédio digital afeta as estudantes, apontando a violência como uma dinâmica que pode preceder o assédio físico.
A pesquisa de Arienny analisou relatos e casos de assédio em redes sociais, identificando padrões comportamentais e fatores que perpetuam essa violência, especialmente entre mulheres de baixa renda e etnias marginalizadas. A estudante também desenvolveu uma cartilha para conscientizar e prevenir o assédio sexual on-line, com o objetivo de promover um ambiente acadêmico mais seguro e igualitário. Ela defende que ações institucionais são essenciais para combater essa realidade.
Arienny, graduanda em Ciências Biológicas no Instituto Federal do Pará, enfatizou a importância da inclusão e da representatividade dentro da academia. Ela compartilhou como, sendo mulher negra e oriunda de escola pública, enfrentou desafios significativos em sua trajetória científica, destacando que seu reconhecimento reforça a relevância de ter diferentes perspectivas sobre raça e gênero na pesquisa. O Prêmio Jovem Cientista, criado pelo CNPq, é uma das principais premiações para jovens pesquisadores no Brasil.