Uma paciente de Goiânia denunciou uma estudante de biomedicina após sofrer queimaduras nas partes íntimas durante um procedimento estético realizado em uma clínica. O procedimento, que custou R$ 1.450, envolvia impulsão eletromagnética, um método que aquece o local, desidratando a pele. A paciente relatou dor intensa, incluindo ardência, inchaço e dor de cabeça, e, após procurar a estudante, foi informada de que as reações eram comuns. A estudante, que alegou ter habilitação para realizar o procedimento, trabalha na clínica há mais de um ano e afirmou que o procedimento estava dentro do esperado.
O delegado responsável pela investigação indiciou a estudante pelo crime de lesão corporal culposa. Apesar de a jovem ter afirmado que era qualificada para realizar o tratamento, o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica de Goiás ressaltou que procedimentos desse tipo devem ser realizados exclusivamente por cirurgiões plásticos, profissionais com anos de estudo e treinamento específicos. Ele explicou que esses especialistas são treinados para garantir a segurança dos pacientes em intervenções delicadas.
A investigação continua, com o caso encaminhado ao Juizado Especial Criminal. A defesa da estudante não foi localizada para comentar o caso até o momento. O Conselho Regional de Biomedicina da 3ª Região também foi contatado, mas não se manifestou sobre a habilitação da estudante até a última atualização da reportagem.