A primeira viagem internacional do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, causou polêmica, especialmente em relação aos seus comentários sobre a Ucrânia e a Otan. Durante sua visita à Bélgica, Alemanha e Polônia, Hegseth afirmou que o retorno das fronteiras da Ucrânia à sua configuração pré-2014 seria irreal, e que a adesão do país à Otan não deveria ser considerada como solução para o conflito iniciado pela invasão russa. Essas declarações geraram divisões, com alguns aliados europeus e republicanos expressando discordância.
Por outro lado, as palavras de Hegseth receberam o apoio do ex-presidente Donald Trump, que concordou com a ideia de que a Ucrânia não deveria ingressar na aliança militar. Trump ressaltou que Putin não permitiria tal adesão e afirmou que os comentários do secretário de Defesa eram adequados. No entanto, figuras importantes dentro do Partido Republicano, como o senador Roger Wicker, criticaram a postura de Hegseth, considerando-a muito alinhada com a abordagem de figuras midiáticas como Tucker Carlson.
Apesar das críticas, Trump minimizou a situação, dizendo que não havia visto as reações negativas, mas que buscaria conversar com todos os envolvidos. O debate sobre o futuro da relação entre os Estados Unidos e a Otan, assim como o papel da Ucrânia no cenário geopolítico, continua a ser um tema divisivo, com implicações para a política externa do governo norte-americano.