O início do ano é um período comum para a formulação de metas relacionadas à saúde, bem-estar e produtividade, mas pesquisas indicam que cerca de 80% dessas resoluções são abandonadas até fevereiro. A psicóloga Paula Kauer explica que o problema não está apenas na falta de disciplina, mas também na maneira como essas metas são definidas, muitas vezes sem levar em consideração o estilo de vida e as limitações de cada pessoa. A pressão das expectativas e a vontade de mudanças rápidas podem gerar frustração quando os resultados não surgem como esperado.
Para evitar o ciclo de desistência, Kauer sugere adotar práticas mais realistas e consistentes. A primeira recomendação é ajustar os objetivos à rotina de cada pessoa, para que as mudanças façam sentido. Além disso, metas progressivas e prazos flexíveis são importantes para evitar a desmotivação. A psicóloga enfatiza que pequenas adaptações, como começar com metas mais simples e ajustáveis, são mais eficazes do que tentativas de mudanças radicais.
A construção de novos hábitos também exige paciência e a adoção de estratégias personalizadas, como registrar o progresso ou contar com o apoio de amigos e familiares. A especialista recomenda lidar com as recaídas de maneira consciente, entendendo os motivos que levaram ao desvio e retomando os esforços sem culpa. Por fim, ter uma rede de apoio pode ser crucial para a manutenção da motivação e para o sucesso das resoluções ao longo do ano.