O entorno do ex-presidente discute duas alternativas principais para tentar recolocá-lo na disputa presidencial de 2026: a anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro e uma possível mudança na Lei da Ficha Limpa. A primeira pauta é vista como uma forma de reverter a inelegibilidade do ex-presidente, que atualmente está impedido de concorrer até 2030 devido a condenações na Justiça Eleitoral. Já a segunda alternativa consiste em reduzir o período de inelegibilidade de 8 para 2 anos, o que permitiria uma candidatura em 2026.
O ex-presidente, que aguarda uma denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) no inquérito sobre a tentativa de golpe de estado, deve se reunir com senadores para alinhar estratégias, com foco na defesa de uma possível anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A proposta de anistia já está sendo debatida dentro do PL, e seus aliados consideram essa medida uma forma de fortalecer o discurso de perseguição política contra o ex-presidente. A expectativa é que a denúncia seja feita antes do carnaval.
Além disso, a possibilidade de alterar a Lei da Ficha Limpa também está sendo discutida no Congresso. A proposta visa reduzir o período de inelegibilidade de políticos condenados, com apoio de figuras importantes dentro da oposição, como o presidente da Câmara. No entanto, a mudança é rejeitada por membros do STF, que veem a proposta com resistência. A estratégia visa abrir caminho para a candidatura do ex-presidente, embora ainda seja cedo para definir qual será a melhor via para retomar sua participação no cenário político de 2026.